Foi o dia em que ouvi um pai a propor, como solução ideal, para a regulação do exercício das responsabilidades parentais a separação de dois irmãos, que um vivesse com o pai e o outro com a mãe encontrando-se apenas aos fins-de-semana.
Para além do absurdo da solução, viesse de quem viesse, ser o pai a propô-la torna tudo mais arrepiante.
Felizmente temos magistrados justos e que defendem o superior interesse das crianças.
Hoje, olho para trás e apenas vejo um ano inteiro de tormento e sofrimento, para mim e para eles, um ano de gastos emocionais, gastos de tempo e dinheiro para o resultado ser o lógico, o justo, o mais adequado e que mais defende as crianças, e o que eu tinha proposto desde o inicio.
Ser mãe ou ser pai, mais que um substantivo, deve ser entendido como um adjectivo que nem todos, que o são biologicamente, são dignos de o receber.