Pergunto-me porquê este sentimento de falta, de estar incompleta, de faltar parte da vida, de ansiedade, de.....
Há 10 dias que os meus pequenotes estão de férias com o pai. Não há nenhum sentimento de saudade igual a este. A saudade dos filhos é uma saudade muito especifica. O sentimento de que sem mim estão desprotegidos é incontrolável, e eu não sou uma mãe de andar sempre em cima deles, mas estou sempre atenta mesmo que de longe. Não os ter no meu alcance de protecção é algo que tenho muita dificuldade em lidar.
A dificuldade criada pelo pai em eu contactá-los dificulta em muito a suportar esta ausência.
O que mais me custa não é a minha saudade, mas sim pensar na que eles sentem.
Os fins-de-semana passam-se melhor, e são até muito divertidos para eles, pois têm amigos com quem brincar e estão mesmo com o pai. Os dias de semana são piores pois quase não vêem o pai, estando sempre com a avó paterna (onde também passam as noites) estando privados, inclusive, de usufruir dos seus brinquedos que estão na casa onde mora o pai.
Que posso fazer, são os meus meninos e...que dizer....sou mãe de corpo e alma.
2 comentários:
Ui!
Como compreendo as suas palavras...
Aguentei dois anos de tormento para evitar a todo o custo ter de passar por isso, mas acabei por desistir em prol de dias melhores...que ainda não chegaram na verdade...
Mas pelo menos os piores também não. Aguardo ainda uma decisão do tribunal... e por isso eles têm estado sempre comigo.
Coragem. Diz que o tempo tudo cura...
O maior problema é quando um dos lados põe as guerras pessoais À frente dos interesses das crianças e do bem estar destas. Mesmo assim, a mudança foi muito positiva para todos (eu e os meninos), para o meu ex-marido nem tanto. O facto de os meus filhotes já não terem de viver numa vida onde não se fomenta o amor e os valores nobres, foi uma das maiores vitórias. A instabilidade emocional que se vivia só lhes era prejudicial. Também aguentei alguns anos até ter coragem.
Não há bela sem senão, e há estes períodos que custam mas fazem parte. Vamos aprendendo a viver assim.
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