Na província, há sempre expressões e vocabulário próprio, e até mesmo dão significados diferentes às mesmas palavras.
Algumas diferenças entre o português e o qualquer coisa ês que se fala por aqui por onde trabalho:
- Destemido em todo país significa corajoso. Aqui não. Aqui significa zangado;
- Pão-de-Deus aqui é arrufada. (arrufada de onde venho não tem côco);
- Sempre aprendi a referir-me ao objecto que afia os lápis como "o afia" , "o afia-lápis" ou "apara-lápis". Aqui é "a afiadeira";
- Artimanhas aqui diz-se más-artes;
- Um compal ou um sumol e um hamburguer aqui pede-se no feminino: uma compal ou uma sumol e uma hamburga (reparar em como o uer se transformam rapidamente num a);
- Pescar ao fundo é habitualmente a expressão utilizada quando alguém adormece profundamente, normalmente num sitio não dedicado ao acto;
- Os bolos aqui, excepto os que têm os nomes errados, não têm nome. Pedem-se da seguinte forma: - Vizinha, quere aquele ali daquele lade. Não, o outre a seguir ao palmiere. Ó mor na' tás a vere? Olha traz-me antes uma terrada e um safanade.;
Isto tudo dito em tom de cantiga e sem dizer os o no final das palavras e a trocar os am por em.
(É impressão minha ou isto está a parecer uma anuncio qualquer com um brasileiro conhecido do futebol? Naaaaaaaaa, é impressão minha)
Só para terminar e com chave de ouro:
Aqui um filho diz para a mãe:
- Mãe, dá-me um chiquelate.
Responde a mãe:
- Não é chiquelate, é esquelate.
2 comentários:
Ó more, vê s'arranjes mais maginação. Atã nã t'alembres de "empachar"?
Vá-lhe te Deus, és mesme gente de três quinas...
ahahahah
Uma que eu gosto muito e que me faz urticária é : Não xinques aí !!! ( não toques aí)
ahahah
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