sexta-feira, 25 de março de 2011

Há um ano atrás...


Há um ano atrás foi um dia...que não consigo adjectivar.

Foi o dia em que ouvi um pai a propor, como solução ideal, para a regulação do exercício das responsabilidades parentais a separação de dois irmãos, que um vivesse com o pai e o outro com a mãe encontrando-se apenas aos fins-de-semana.

Para além do absurdo da solução, viesse de quem viesse, ser o pai a propô-la torna tudo mais arrepiante.

Felizmente temos magistrados justos e que defendem o superior interesse das crianças.

Hoje, olho para trás e apenas vejo um ano inteiro de tormento e sofrimento, para mim e para eles, um ano de gastos emocionais, gastos de tempo e dinheiro para o resultado ser o lógico, o justo, o mais adequado e que mais defende as crianças, e o que eu tinha proposto desde o inicio.

Ser mãe ou ser pai, mais que um substantivo, deve ser entendido como um adjectivo que nem todos, que o são biologicamente, são dignos de o receber.

terça-feira, 22 de março de 2011

Tenho um selo!!!!



Obrigada Milene do O mundo de Millen3

Agora vou ali pensar a quem vou dar este selo ;)

segunda-feira, 14 de março de 2011

São bonitos? Então podem portar-se mal!

Desde sempre que ouço os mais velhos queixarem-se da juventude. A frase: "esta juventude está perdida" ouvi-a vezes sem conta e continuo a ouvir de quando em vez.

Curioso senão quando, a repreender os meus filhos porque se portaram mal, uma senhora octogenária se dirige a mim com a seguinte expressão: "ai, tão bonitos, e vocês a ralharem com eles, são tão bonitos!"

WTF?????

Primeiro: como é que se educa sem repreender?
Segundo: Será que, por ventura, se fossem feios já podia ralhar com eles? E quiçá a própria senhora até acharia bem bater-lhes.
Terceiro: Com esta atitude por parte dos mais velhos (neste caso na idade de avó/bisavó) a juventude cada vez estará mais perdida.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval

A casa foi invadida por piratas!

Que lindos eles iam. E graças ao nosso querido amigo R. 

terça-feira, 1 de março de 2011

Adolescência época de hibernação (ou devia ser)

Como compreendo a Maria. Afinal não é só o teen aqui da família...o mal é geral.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

educação e o egoísmo


"A criancinha precisa de cuidar de si, de apegar-se ao que lhe é necessário, defender-se dos elementos estranhos, a fim de poder desenvolver-se. É nessa idade que ela desconhece quaisquer direitos alheios, inclusive o de propriedade.

Na medida em que vai deixando de ser criança, vai também perdendo o egotismo. Vai descobrindo os outros. 

Na adolescência, as preocupações sociais brotam com vigor realmente humano. O adolescente, se não é mal servido de constituição nem infantilizado pela má educação, volta-se para os outros. Sai dos limitados círculos da família, dos companheiros de jogos e dos colegas da escola, e abre-se para a sociedade.

Mas não se desliga de um golpe da fase anterior. E apresenta contradições, oscilando entre rasgos de generosidade e manifestações de egoísmo. Mais se interessa pelos problemas de fora e de longe mais que pelos da família ou da vizinhança. Não será muito capaz de iniciativas pessoais, mas se integrará com gosto nos grupos de acção. Nesta idade, mais do que na infância, reclama compreensão.

Pode, porém, acontecer que não evoluam normalmente, os sentimentos da criança, e ela passe do egotismo ao egoísmo. É uma tendência má, como qualquer outra, e pode ser corrigida ou agravada pela educação.

A influência do lar é de suma importância, aqui como nos mais sectores da formação. Os filhos imitam insensivelmente os sentimentos dos pais. Aprendem o que se faz e se diz em casa, ao longo dos dias, despreocupadamente, sem a intenção formal dos conselhos (contra os quais se põem em guarda).

Se os pais se manifestam egoístas na presença das crianças, nas conversas, nos comentários aos factos quotidianos, na maneira de encarar os negócios, no cultivo das amizades, nas atitudes políticas, no modo de tratar os empregados – os filhos absorvem suas lições adesivas e marcantes.

Podem até, sem esta intenção, ensinar indiretamente o egoísmo, quando satisfazem ao filho desejos que contrariam ou sobrecarregam a irmãos e empregados. Sim, porque ninguém pode satisfazer-se à custa de direitos alheios.

Se, pelo contrário, são os pais caridosos, é na própria vida que dão às crianças a mais eficiente educação social, tornando-as, por sua vez, abertas sobre as necessidades do próximo e generosas em acudi-las. Resistem, ainda assim, certos germes de egoísmo. Mas esta é a melhor maneira de combatê-los." (extraído de: "Como educar o filho (a) egoísta")

Depois de ler isto entendo muita coisa. Percebo, principalmente, porque é que o esforço que fazemos em transmitir valores e educação útil aos dois do meu-mais-que-tudo, é tão infrutífera. 
Assistimos ao evoluir dos dois cá de casa, e dia após dia, mês após mês, ano após ano, verificamos que o rumo está a ser seguido e que vão passando as várias fases evolutivas como pessoas, e é um gosto ver o trabalho que temos dar frutos, vendo-os a transformarem-se em seres humanos adultos. 

A imitação insensível dos pais pelos filhos, quando o exemplo não é a caridade e o respeito pelos outros, resulta em filhos que caminham na direcção do egoísmo e de serem seres humanos que nunca chegam a um estado adulto completo e equilibrado, mantendo a infantilidade desajustada. 


Este é um problema que vai para além da indisciplina simples. Habitualmente rotula-se de "mal-educado" uma criança respondona ou inoportuna, mas esta deficiência de educação é mais profunda , grave e de marcas mais definitivas. Num caso destes até pode não haver más respostas ou manifestações de não acatar o que se lhes diz, até um ar de subordinação exagerado, porém a falha está a um nível mais profundo, ao nível dos valores. Há uma obediência dissimulada que na prática se revela num "fazer pela calada" que com o avançar na idade toma proporções cada vez mais graves e inadmissíveis.



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

As histórias continuam.

Tenho passado pouco por aqui mas não por falta de histórias para contar.
A natureza das histórias também é outra, de um humor mais refinado e contextualizado, o que faz com que a sua narrativa seja difícil ou exija um enquadramento longo e massudo.


Resumindo, os meus dois continuam no seu melhor e a fazer do dia-a-dia da mãe e do N-dos-dois uma verdadeira animação.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Nova leitura

Ontem descobri uma nova paragem obrigatória aqui para a mãe de dois, na blogosfera. Descobri o blogue a um metro do chão e teve entrada directa ali para o lado esquerdo onde tenho um excerto dos sítios por onde gosto de passar.

Parabéns à Inês pelo blogue.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Mães e férias....e o quê?????????


Agora precisava de mais férias para descansar da BELA SEMANA DE FÉRIAS QUE EU TIVE COM OS 4 PIRRALHOS (os meus dois e os dois do padrasto dos meus dois).


Ah é giro e tal, e até se aturam melhor pois brincam ele com ele e ela com ela, e os dias são mais sossegados.


Mas para a próxima contrato uma empresa de catering e uma de limpeza.


Parece que não fiz outra coisa se não comida, limpar e arrumar. (e isto com muita ajuda do padrasto dos dois que é um querido, mas não teve férias)


Agora, se me dão licença vou ali cair para o lado e já volto.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Na quê?

- Mãe, na tulixência vou ter borbulhas?

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Árvore de Natal do Agrupamento de Escolas dos meus dois





Feita cadeiras velhas decoradas pelos miúdos, e enfeitada com cachecóis feitos por todos (incluído o trabalho manual aqui da mãe de dois)

Está fantástica, não está?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

- Mãe, eu não queria que vida fosse assim.
- Então como querias que fosse, filha?
- Queria que estivesse sempre sol e não houvesse pobrezinhos. Ah e que fossemos todos ricos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Valeu a pena

Há um ano começou a saga das audiências para a Regulação do Exercício das Responsabilidades Parentais dos meus filhotes. Um processo o qual requeri em Junho do ano passado que, depois de inúmeras audiências em tribunal, culminou na sentença proferida em Abril deste ano, e resposta de recurso no passado mês de Outubro.

Ainda bem que o recurso neste tipo de processos não é suspensivo senão teria sido mais de um ano para estabilizar a vida dos meus pequenitos. 

É triste eu ter tido necessidade da ajuda de um tribunal para lhes poder dar o que é deles por direito: serenidade e estabilidade.

Mas valeu a pena. Hoje estão mais estáveis, mais confiantes, mais felizes... Tudo porque têm um fio condutor na educação deles e têm um lar.

A juntar aos familiares que já tinham e que os amam muito, ainda ganharam os que, em Sociologia por vezes, se designam por "parentes sociais" (familiares dos companheiros do pai e da mãe).
Ganharam "irmãos sociais", "avós sociais", "tios sociais", "primos sociais" e até uma "bisavó social". O melhor parente social que ganharam foi, sem dúvida, o padrasto que tanto os ama e que se dedica a eles como se de filhos de sangue se tratassem. Por isso sabe dar o raspanete na altura certa e é o suporte da mãe de dois na educação firme dos pequenotes, mas também sabe ser carinhoso e brincalhão. No fundo sabe ser O parceiro que em conjunto comigo formamos a "mão que embala o berço" na vida dos meus filhotes.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pai Natal


- Mãe, posso fazer-te uma pergunta?
- Diz, filha.
- Diz-me a verdade, o Pai Natal existe?

Carta ao Pai Natal (falada)

- Mãe, tu consegues falar com o Pai Natal, não consegues?
- Sim, filho.
- Então diz-lhe tu o que é que eu gostava de ter para o Natal, escuso de estar a escrever.

Vem aí o Natal

Vem aí mais um Natal. Este vai ser especial.
O Natal lá de casa este ano, vai ser tão especial que até vai acontecer num dia diferente.
Se o Natal é quando o Homem quiser, lá em casa vai ser quando estivermos todos juntos.

Tenho de começar a fazer alteres antes, para ganhar força para amassar as filhós.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Notebook

Tenho de passar a andar com um bloco de apontamentos.
Este fim-de-semana, os meus dois disseram mais umas quantas dignas de virem aqui parar e eu não me lembro.

Bolas!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Chuva: água que vem para a terra.

A conversa durante o almoço passou, mais uma vez, por teorias sobre a existência, de onde vimos e para onde vamos. A conclusão da minha filhota foi que já é a segunda vez que nasce, e que quando morre vai para o céu à espera de nascer outra vez. Segundo ela, desce à terra para ser gente e depois de morrer volta a um outro estado e vai para os céu.


Nisto começa a chover bastante.


- Mãe, a chuva quer ser pessoa.