segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Destino


Tendo a pretensão de que escrevo a minha história e que as minhas escolhas são tomadas por decisão minha, defronto-me muitas vezes com o facto de nada estar nas minhas mãos e que tudo o que faço depende de um todo que não domino. Que o que aparentemente faço consciente é simplesmente uma acção dependente de tantas outras e que apenas as tomo para que o destino se cumpra para que cada um possa seguir o caminho previamente traçado.

Convenço-me então que quem deixei e tomei pelo caminho fi-lo apenas para que podessem prosseguir os seus e chegar onde estava destinado chegarem, que de outra forma o destino não seria cumprido.

2 comentários:

terramater disse...

E o que fazer quando te apercebes disso e não vês qual é o caminho que deves seguir quando chegas a uma encruzilhada?
Quando te aperecebes que o que já andaste teve uma razão mas já não tem, que se calhar andaste demais e o tempo não volta atrás.
Quando o que se te afigura à frente pode ser tão grande e tão cheio de incertezas que te parece uma vida nova.
Quando tens tanto medo como se tivesses nascido hoje?
Deixas tudo nas mãos Dele e esperas que alguma coisa aconteça?

mãe de dois disse...

Não. Mesmo sabendo que não consigo mudar o que está "escrito" Reflicto sempre e tomo sempre uma atitude consciente, seja ela passiva ou activa. Deixo-me estar no mundo que já conheço e perco oportunidades ainda desconhecidas ou atiro-me de cabeça e entro numa realidade nova que pode trazer-me tanta coisa e arrisco-me a nunca mais recuperar o que tenho (esta ultima já me aconteceu).
Ficar parada não sou eu. Mas não te esqueças que mesmo arriscando o desconhecido, no futuro podes vir a questionar-te por essa opção e colocares cenários de como tudo teria sido se aquele dia não tivesse existido. O importante é não te arrependeres e pensar que foi precisa aquela decisão/atitude/ruptura para percorreres o caminho necessário para veres as coisas de outra maneira. O pior de tudo é quando te questionas se tomaste a decisão certa e "que se calhar andaste demais e o tempo não volta atrás".