sexta-feira, 6 de julho de 2007

Ser mãe é natural

Sempre fui muito descontraída na forma de tratar dos meus filhos, a todos os níveis. Desde recém nascidos ( o Tiago era bem pequenino: 2,500kg e 46,5cm) sempre tratei deles de uma forma muito prática e natural. Ao fim e ao cabo uma mãe tratar de um filho é efectivamente uma tarefa natural e inata. O acto de amamentar está incluído nestas tarefas ou senão é a principal, pelo menos nos primeiros meses.

Amamentar um bebé é das relações mais intimas, vinculativas e mais lindas entre a mãe e o filho.

Como disse de inicio, sempre tratei dos meus filhos de uma forma natural e como tal sempre dei mama sem qualquer problema em qualquer lado onde os meus filhos estivessem com fome. Apesar de ser um pouco envergonhada no que diz respeito a mostrar algumas partes do meu corpo, nunca encarei o acto de amamentação como uma exposição dessas partes do corpo.

Cheguei a estar à mesa a comer segurando o garfo com uma mão e com a outra o bebé enquanto este mamava - afinal não era só eu que tinha direito a estar a encher a barriga, e nada mais agradável que a família toda reunida a degustar de uma bela refeição.

Entendo que haja mães que não têm esta descontracção de dar mama em qualquer parte principalmente em locais públicos, mas ontem vi uma cena que me fez realmente impressão: Um bebé de menos de um mês a chorar com fome e a mãe a conversar descansada com amigos. Finalmente, depois de lhe pegar ao colo pôs-lhe a chucha e abanou-o para o acalmar porque não lhe iria dar mama ali, iria ainda para carro e conduzir até um local mais isolado para então alimentar o bebé.
Eu sei que cada pessoa é diferente e cada mãe lida com o seu filho como entender, mas não posso deixar de achar anti natural uma mãe ver um filho a chorar compulsivamente com fome e tendo ali à mão o peito cheio de leite não o alimente de imediato.

Quando chegava a hora dos meus filhos mamarem eu sentia logo no peito, e quando me aproximava deles então... parece que há uma química entre a produção de leite da progenitora e a proximidade da cria. Isto porque no fundo somos todos animais mamíferos.

Não posso esquecer o retrato daquele bebé ao colo da mãe a sentir o cheiro do seu leite e não poder comer porque não era o local certo e este seria só encontrado dentro de uma bom quarto de hora.

Das coisas que mais sinto saudades do tempo de gestação e de quando os meus filhotes eram bebés, é senti-los a mexer na barriga e dar de mamar.

Mães que me leêm não tenham vergonha de serem naturais, de serem mães dos vossos filhos no sentido primitivo do termo, todos os actos inerentes a esta tarefa não devem ser motivo de vergonha. É o laço mais lindo que existe entre dois seres de qualquer especie, e nós não somos excepção. Gozem o privilégio que têm de serem mães!

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